Por Marcelle Menezes do Amaral
“É incrível como algumas pessoas acham que nós não podemos pagar por médicos, hospitais e medicamentos, mas creem que nós podemos pagar por médicos, hospitais, medicamentos e toda a burocracia governamental necessária para administrar isso”. Esta frase é do economista e escritor Thomas Soweel e tem sido muito citada recentemente, tanto pelos que são favoráveis quanto pelos que são contrários às vacinas e tratamentos aplicados à Covid-19.
Mas qual a relação da mediação, da negociação e da arbitragem com essa discussão?
Tem muito a ver! Para a resolução de problemas e conflitos, está enraizada em nossa sociedade a cultura do litígio, na qual se valoriza a briga e onde existe a crença de que todo e qualquer acesso à justiça é caro. Só que, em muitos casos, essas mesmas pessoas que acreditam não ter condições financeiras para bancar mediadores, negociadores e árbitros acabam aceitando sem questionar o pagamento de taxas, custas, advogados, juízes, serventuários, promotores e uma burocracia governamental para administrar uma verdadeira “corte de justiça”. É ou não é?
Por que essa dificuldade em comparar a relação custo x benefício, sobretudo nas questões de resolução de problemas que se multiplicam aos montes nos últimos tempos?
A sociedade evoluiu, o mundo mudou e está mais do que na hora de quebrarmos os paradigmas e analisarmos item por item para descobrir o que é melhor para nós!
Temos autonomia de vontade e de ação, podemos escolher nossas ferramentas de solução de conflitos e, em consequência, fazer bom uso de nossos próprios recursos econômicos.
E o melhor de tudo é essa liberdade de escolha para tratar e resolver nossos problemas. Humanizar o Direito e ampliar a percepção e gestão dos conflitos do dia a dia nos traz a possibilidade de uma nova sociedade, na qual o ganho emocional se sobrepõe ao financeiro e se vive com mais qualidade de vida. Se a frase do passado era “tempo é dinheiro”, a frase do futuro é “tempo é vida”.
Reflitam!